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Tipologia
– molde/estrutura/padrão usado para a construção de um texto dentro de uma
intencionalidade comunicativa. A tipologia textual, portanto, relaciona-se com a estrutura, com o
conteúdo e com a forma de apresentação de um texto.
Língua
– é a fala verbalizada ou estruturada gramaticalmente dentro de um grupo específico de
falantes.
Linguagem
– é o mecanismo de códigos, signos, sinais, que garante a comunicação.
Gênero
– caracterização de um estilo de escrita/fala, conforme as relações cotidianas. Portanto, o
gênero textual aparece sempre conectado a um contexto histórico e cultural. Os e-mails, as
receitas e as cartas, por exemplo, são gêneros textuais.
Importante fazer a distinção entre tipologia e gênero textuais. O tipo textual é o conjunto de
características de um texto.
Por seu turno, o gênero textual seria uma espécie do tipo textual.
Para melhor esclarecer, podemos afirmar que um texto narrativo (tipo) pode ser um romance, um
uma crônica ou um depoimento (gêneros).
NARRAÇÃO
A narração é a tipologia textual cujo foco é contar uma história com tempo e espaço delimitados.
São gêneros narrativos:

• CONTO: poucos personagens, conflitos psicológicos leves, texto curto, início, meio e fim.
• CRÔNICA: cotidiano, efemeridade, crítica social indireta, ironia.
• RELATO: 1ª pessoa, experiência, emoções, dificuldades, superações.
• ROMANCE: um foco narrativo, várias personagens, texto longo, situações complexas.
• NOVELA: vários focos narrativos, várias personagens, quebra de expectativa, intervalos.
• FÁBULA: histórias com moral, personificação de animais.

Na narrativa, sempre há uma sequência lógica a ser oferecida ao leitor. Há relação de
anterioridade, de posterioridade e o tempo verbal mais recorrente é o passado.
Estrutura de uma narração:
- INTRODUÇÃO:
O autor apresenta as personagens, o tempo e local em que estão inseridos, contextualizando o leitor.

- SITUAÇÃO CONFLITANTE
A situação inicial das personagens é alterada por algum acontecimento, geralmente com suspense, demandando uma ação.

- DESENVOLVIMENTO
O leitor é informado sobre o que as personagens fizeram para resolver o conflito ou acontecimento.

- CLÍMAX
Momento de emoção ou tensão que prende a atenção do leitor e demanda uma conclusão.

- DESFECHO
Encerramento do suspense apresentado durante a narrativa.

OBS: As bancas costumam cobrar o tipo de discurso do narrador.
DISCURSO DIRETO
No discurso direto, o narrador faz uma pausa na sua narração, a fim de transcrever fielmente a fala
do personagem, com o escopo de conferir autenticidade ao texto, distanciando o leitor do encargo
daquilo que é dito. Observe as principais características presentes no discurso direto:
a) Uso dos verbos: falar, responder, perguntar, declarar, etc.;
b) Uso dos sinais de pontuação: travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas;
c) Uso do discurso no meio do texto.
Exemplos:
A mãe afirmou:
– Você precisa ganhar dinheiro logo para morar sozinho!
O filho perguntou:
– Mãe, como conseguirei morar sozinho antes de passar em um concurso?
DISCURSO INDIRETO
No discurso indireto há a interferência do narrador na fala da personagem. Aqui, não há as
próprias palavras da personagem. Possui como principais características:
a) Discurso narrado em 3ª pessoa;
b) Geralmente não utiliza verbos de elocução, tais como: falar, responder, perguntar, indagar,
declarar. Todavia, quando ocorre, não há utilização do travessão, pois geralmente as
orações são subordinadas. Por essa razão, as conjunções são utilizadas no discurso indireto.
Exemplos:
A mãe afirmou que o filho precisa ganhar dinheiro logo para morar sozinho.
O filho perguntou à mãe como conseguiria morar sozinho antes de passar em
um concurso.
DESCRIÇÃO
Descrição é a tipologia textual que possui como objetivo detalhar fatos, cenas, objetos, pessoas,
animais, etc., com a finalidade de dar precisão na percepção textual.
Na descrição, portanto, o autor se coloca na posição de simples observador e detalha como é
determinada coisa, expondo seu sentimento ou opinião. Assim, torna possível ao leitor criar, em
sua mente, uma imagem do que está sendo descrito.
Tal descrição pode ser objetiva ou subjetiva e abordar coisas, pessoas ou situações.
Na descrição, a classe de palavras mais recorrente é o adjetivo. Ao contrário da narração, não há
relação de anterioridade e posterioridade.

EXEMPLOS DE GÊNEROS DESCRITIVOS
• LAUDOS
• RELATÓRIOS
• GUIAS DE VIAGEM
• CARDÁPIOS

Atenção!!! Nos textos literários, também pode ser encontrada a descrição subjetiva.
INJUNÇÃO
Os textos que apresentam linguagem injuntiva têm como característica comandos ou instruções ao
leitor, pela utilização de ordem ou conselho. A imperatividade marca a injunção, pois nesta tipologia textual o autor objetiva controlar a ação do leitor utilizando a forma imperativa, por meio
da utilização de uma linguagem muito mais objetiva e direta.
Os textos injuntivos indicam ao leitor como realizar determinada ação: impondo, aconselhando ou
instruindo o leitor. É também conhecido como texto instrucional.
Por sua vez, textos exortativos são aqueles nos quais o autor tenta convencer, de qualquer
maneira, o leitor a fazer determinada coisa.

EXEMPLOS DE GÊNEROS INJUNTIVOS
• RECEITAS CULINÁRIAS
• BULAS
• SINOPSES
• EDITAIS DE CONCURSO
• MANUAIS DE INSTRUÇÕES
• REGULAMENTOS
• CÓDIGOS
DISSERTAÇÃO
A dissertação é uma tipologia textual que possui como objetivos expor, analisar ou defender
determinada tese ou ponto de vista sobre um assunto.
A dissertação é marcada como uma tipologia textual objetiva e impessoal, considerando que o
principal foco não é o autor, mas sim o assunto que está sendo explorado.

Em uma tipologia textual, pode haver características de outra
tipologia. Todavia, para definição do tipo de texto como um todo,
deve-se observar a predominância/intenção do autor.

É comum a divisão da dissertação três estruturas lógicas: a introdução, o desenvolvimento e uma
conclusão, conforme veremos a seguir.
Para ser bem compreendido, um texto dissertativo precisa ter uma estrutura organizada. A
progressividade textual (ou progressividade temática)1 é uma das características intrínsecas do
texto dissertativo. Ao organizar uma sequência de ideias, cada parágrafo é estruturado de maneira
a dialogar com um parágrafo escrito anteriormente.

Além disso, observa-se que os parágrafos posteriores se articulam um ao outro no texto num
processo progressivo, por meio de elementos coesivos, seguindo uma lógica em relação ao que foi
e ainda não foi dito, de modo que o texto faça sentido ao leitor.
Existe um modelo já consagrado de dissertação que se organiza em três partes: introdução,
desenvolvimento e fechamento (conclusão). A essa estrutura, damos o nome de Estrutura Formal
“Clássica” do Texto Dissertativo.

Dissertação é, pois, a exposição desenvolvida a respeito de um tema. Supõe uma sistematização e
ordenação dos dados de que se dispõe sobre o assunto e sua interpretação; pode, ainda, apenas
expor um assunto ou desenvolver uma argumentação sobre ele.
Dissertação é em síntese:
- Uma exposição, discussão ou interpretação de determinada ideia;
- Um exame crítico do assunto sobre o qual se vai escrever, com raciocínio, clareza, coerência
e objetividade de exposição.
Para que você compreenda o que é uma redação dissertativa, é necessário distinguir os dois tipos
de dissertação usualmente cobrados nos concursos públicos: a dissertação expositiva e
a dissertação argumentativa.
Dissertação expositiva:
Dissertação expositiva: como o próprio nome já sugere, é um tipo de texto em que se
expõem as ideias ou os pontos de vista a respeito de determinado assunto. O objetivo não é
fazer o examinador concordar com eles, mas, tão-somente, considerá-los coerentes.

Exemplo de texto expositivo:
O Surgimento do Telefone Celular
A história do celular é recente, mas remonta ao passado e às telas de
cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mais
conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que
estrelou o clássico “Sansão e Dalila” (1949).

Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada
com um austríaco nazista fabricante de armas. O que sobrou de uma
relação desgastante foi o interesse pela tecnologia.
Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que
alguns torpedos teleguiados da Marinha haviam sido interceptados
por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a seguinte ideia: um
sistema no qual duas pessoas podiam se comunicar mudando o canal, para
que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada
em 1940.

Vejam que, nesse tipo de texto (expositivo), não há qualquer julgamento ou manifestação de
opiniões, mas tão somente a exposição acerca de determinado assunto por meio de dados
históricos.
Dissertação argumentativa
Dissertação argumentativa: esse é o tipo de dissertação mais comum e conhecido por
todos. Nela o intuito é convencer o leitor, persuadi-lo a concordar com a ideia ou com o
ponto de vista exposto. Isso se faz por meio de várias formas de argumentação, utilizando-se
de dados, estatísticas, provas, opiniões relevantes, etc.

Exemplo de texto argumentativo:

A força da Lei
O Estado Democrático de Direito é um modelo de Estado criado por
cidadãos dos tempos modernos. Nesse novo tipo de Estado, pressupõe-se que os
poderes políticos sejam exercidos sempre em perfeita harmonia com as regras
escritas nas leis e nos princípios do direito.
Contudo, o que temos visto, no Brasil e em outras partes do mundo, é que
muitos cidadãos comuns do povo, bem como cidadãos eleitos ou aprovados em
concurso público para exercerem os poderes do Estado, só obedecem às leis se
elas lhes forem convenientes.
Como solução para essa questão, teremos de saber distinguir perfeitamente
o que pertence ao público e o que pertence ao privado, ou seja, o que é do
Estado e dos cidadãos; e, principalmente, se há harmonia entre eles, haja
vista que a finalidade deve ser sempre a satisfação da coletividade.
Dessarte, se considerarmos uma lei injusta, devemos nos posicionar
politicamente contra isso, mediante manifestações pacíficas e públicas, com o
intuito de termos nossas pretensões jurídicas reconhecidas para que as
legislações se direcionem ao encontro dos anseios da sociedade.

Percebam que aqui a história é diferente. Está claro que o redator apresentou uma proposta de
solução para a problemática (falta de obediência às leis) e a forma de nos posicionarmos diante
dela (manifestações públicas).
Na introdução, o autor apresenta o tema objeto da dissertação e introduz, de maneira singela, seu
ponto de vista.
Já no desenvolvimento, há a exposição dos argumentos, a fim de comprovar a tese introduzida
pelo autor no início do texto, fundamentando todo o seu ponto de vista.
Por fim, temos a conclusão, na qual se encerra o tema, trazendo uma síntese dos fatos expostos no
decorrer da dissertação.
LINGUAGEM
A linguagem significa a capacidade de demonstrar as nossas ideias, sentimentos, pensamentos e
opiniões, seja por meio da fala, da escrita ou de outros símbolos. Por tal razão, está diretamente
ligada à comunicação. A ciência que estuda linguagem é conhecida como Linguística.

É importante ter em mente que existem diversos tipos de linguagens responsáveis pelo
estabelecimento da comunicação: a escrita, os sinais, os sons, os símbolos, os gestos etc. Em
sentido amplo, a linguagem pode ser entendida como qualquer sistema de sinais por meios dos
quais os indivíduos se comunicam.

A linguagem pode ser verbal e não verbal. Enquanto a linguagem verbal integra a fala e a escrita, a
linguagem não verbal aborda diversos recursos de comunicação da fala e da escrita (imagens,
músicas, desenhos, símbolos, etc.). A linguagem mista é o uso simultâneo da linguagem verbal e
não verbal, encontrada, por exemplo, nas histórias em quadrinhos.

Importante destacar que a linguagem artificial (elaboradas especificamente para determinado fim,
como a informática) também é designada por linguagens formais, considerando a utilização de
códigos e regras específicas para processamento.
LINGUAGEM VERBAL
Na linguagem verbal a comunicação ocorre por meio da utilização de palavras.
LINGUAGEM NÃO VERBAL
Na linguagem não verbal, por intermédio de outras formas de comunicação, que não por palavras,
Como exemplos, podemos citar: a linguagem de sinais, as placas e os sinais de trânsito, as expressões faciais, a linguagem corporal, etc.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Como pudemos ver até agora, a linguagem é a demonstração do pensamento em palavras nas
formas verbal e não verbal.
A partir de agora, revisaremos as seis funções da linguagem existentes: função emotiva, função
referencial, função conativa, função metalinguística, função poética e função fática.
Para tanto, é importante compreender que as funções da linguagem são recursos que o emissor
possui para transmitir sua mensagem, de acordo com a intenção pretendida. Por conseguinte, é
importante conhecer os seguintes elementos de comunicação: emissor, receptor, código,
mensagem, contexto e canal.
FUNÇÃO EMOTIVA
A função emotiva é aquela marcada pela subjetividade com o intuito de comover ou emocionar.
O foco da função emotiva está no emissor, ou seja, naquele que envia a mensagem. Nem sempre a
mensagem possui fácil compreensão ou entendimento. Na função emotiva, o emissor transmite
suas próprias emoções, podendo ser recorrente em cartas pessoais, em poesias confessionais ou
canções sentimentais, marcada pela presença da 1ª pessoa.
Exemplos:
Vou lembrar-me de você para sempre!
Não acredito que você possa ter feito isso comigo.
“Senhora, eu vos amo tanto
Que até por vosso marido
Me dá um certo quebranto. ” (Mario Quintana)
FUNÇÃO REFERENCIAL
A função referencial, também conhecida como denotativa ou informativa é aquela que tem como
objetivo anunciar, informar, notificar ou indicar.
Na função referencial, o foco está no objeto da mensagem, na objetividade da informação, na
objetividade da apresentação dos fatos, sem demonstração da emoção que os causam.
Exemplo:
“Agosto de 2019 já é o mês com maior número de focos de queimadas no
estado do Amazonas desde o início dos registros do governo federal, em 1998.
Foram 6.145 focos verificados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe) no estado até esta terça-feira (27)”.
FUNÇÃO APELATIVA
A função apelativa, também conhecida como conotativa, tem como foco o convencimento do
leitor, por meio da utilização de ordens ou conselhos, com a intenção de persuadi-lo.
Tal função pode ser encontrada em manuais, livros de autoajuda, textos publicitários, bulas ou
manuais. Geralmente ocorre a utilização de verbos no modo imperativo, com verbos e pronomes
nas 2ª e 3ª pessoas.
Exemplos:
Ligue nos próximos trinta minutos e obtenha um desconto sensacional!
Dê aos seus filhos os melhores exemplos, pois mais valem que os melhores
discursos.
Dilua o conteúdo do envelope em meio copo de água, misture e beba em jejum
durante uma semana. Persistindo os sintomas, procure um médico.
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
A função metalinguística tem como foco o código.
Por meio dessa função, o autor explica a linguagem por meio de idêntica linguagem, ou seja,
explana um código utilizando o próprio código.
Tal linguagem está presente em um livro que tenha como tema leitura, uma aula que tenha como
tema aulas, uma música que fale sobre música e assim por diante. Nos dicionários e gramáticas, a
função metalinguística também pode ser encontrada.

Exemplos:
“Aula 1 – Aspectos positivos sobre a humanização nas aulas”.
“Música Para Ouvir (Arnaldo Antunes)
Música para ouvir no trabalho
Música para jogar baralho
Música para arrastar corrente
Música para subir serpente (...)”
“gra·má·ti·ca
substantivo feminino
1. Estudo e tratado dos fatos de uma língua e das leis que a regem.
2. Livro em que se acham expostas as regras da linguagem.
gramática generativa
[Linguística] Gramática formal capaz de gerar o conjunto infinito das frases
de uma língua por meio de um conjunto finito de regras.
gramática gerativa
[Linguística] O mesmo que gramática generativa.
FUNÇÃO POÉTICA
A função poética tem como foco a preocupação na forma como a mensagem é transmitida ao
leitor. Há sempre uma preocupação com o sentido de cada palavra. Normalmente, é confundida
com a função emotiva, principalmente por muitas vezes estarem aliadas no mesmo texto.

A diferença entre elas reside no fato de a função emotiva ter como finalidade emocionar o leitor,
enquanto a função poética tem como finalidade a própria mensagem e a forma como é
transmitida, além da utilização do sentido figurado.

Ademais, na função poética, a mensagem é elaborada de maneira inovadora, por meio de
combinações de som ou ritmo, de jogos de imagem ou de ideias. Desenvolve o sentido conotativo
das palavras. Predomina na poesia, mas pode ser encontrada em anúncios publicitários e algumas
formas jornalísticas.

Dessa forma, esta função de linguagem prima pelo contexto da mensagem, ao contrário da função
emotiva, que tem como foco emocionar, paralelamente preocupando-se com o emissor daquela
dada mensagem.

Apesar de ser mais recorrente em textos literários, como em poemas, a função poética também
pode ser encontrada na prosa e em anúncios publicitários.
Exemplo:
No trânsito, o sentido é a vida.
FUNÇÃO FÁTICA
A função fática é aquela na qual ocorre o intercâmbio entre emissor e receptor, sendo, portanto, a
função de linguagem mais utilizada no cotidiano.
O objetivo é estabelecer um contato por meio de cumprimentos objetivos e rápidos.
Exemplos:
Telefonemas, cumprimentos, saudações.
FIGURAS DE LINGUAGEM
Nas figuras de linguagem, as palavras apresentam sentidos expandidos, diversos, de acordo com o
contexto em que são utilizadas.
Nesta aula, revisaremos apenas as figuras de linguagem mais recorrentes em concursos, haja vista
a existência de mais de 50 tipos.
As figuras de linguagem também podem aparecer em uma prova com os
seguintes termos: linguagem figurativa, simbólica ou conotativa. Não se
desespere! Tais termos significam o mesmo que figuras de linguagem.
METÁFORA
Metáfora é uma figura de linguagem na qual o uso de uma palavra ou expressão possui o sentido
de outra, sendo possível estabelecer, entre ambas, uma relação de analogia, ou seja, é necessário
existir mesmo significado (ou elementos semânticos) entre tais palavras ou expressões.
A metáfora, certamente, é um dos recursos linguísticos mais utilizados no cotidiano, pois, se
prestarmos atenção, seria praticamente impraticável falar sem utilizá-la.
A metáfora também é muito usada na veiculação de propagandas e em atividades de marketing,
seja nos textos usados para anunciar um produto ou na simbologia utilizada para identificá-los.
Exemplo:

Aquele professor do Estratégia Concursos é um doce.
Nesse caso, fica claro que não se trata de um discurso literal, com sentido denotativo. Há uma
comparação implícita do professor com o doce e essa mudança de significados resulta em uma
comunicação de sentido figurado, conotativo. Além disso, são atribuídas ao professor do Estratégia
Concursos predicados de um doce: meigo, aprazível, brando, afável, terno, tranquilo, etc.
Na Metáfora, ocorre a comparação entre dois elementos que possuem alguma particularidade em
comum. É o uso da palavra fora do seu sentido fundamental, básico. Ocorre uma nova significação
por meio de uma comparação entre seres de naturezas diferentes.
Observem estes exemplos:

O professor do Estratégia Concursos é um gato.
(subentende-se beleza felina)
Mas isso não interessa, o importante é que ele é fera nas aulas. (subentende-se a
inteligência)
Mesmo após o curso, continuou tirando minhas dúvidas. Muito massa!
(subentende-se algo legal)
Agi assim, porque aquela aluna é uma flor.
(subentende-se a delicadeza, meiguice)

Seria então a metáfora uma comparação?
Na Metáfora, não existe conectivo para deixar clara a relação de comparação. Por sua
vez, na comparação, sempre há um conectivo que indique a existência de uma relação
comparativa.

Eu já não o acho bonito. O professor é gordo como uma baleia.
Mas isso não interessa, o importante é que ele é inteligente que nem uma águia
para preparar as aulas.
Mesmo após o curso, continuou tirando minhas dúvidas, igual a um anjo.
Agi assim, porque aquela aluna é uma meiga tal qual uma flor.
METONÍMIA
Metonímia ocorre quando há troca de uma palavra por outra por existir entre elas uma relação
perfeita entre o todo e a parte.
Ganhei esse dinheiro com o suor (esforço) de meu trabalho.
(o efeito pela causa)
A Europa (os europeus) não apoia a imigração dos marroquinos.
(o continente pelo conteúdo)
Não há como expressar a alegria de ver um Monet (um quadro) de perto. (o
autor pela obra)
A meninada (as crianças) se diverte no clube.
(o abstrato pelo completo).
CATACRESE
Catacrese é um tipo de metáfora que se caracteriza pela ausência de um termo apropriado, seja
pelo uso no dia a dia, pela ignorância ou por não haver um termo exato em nossa língua que o
expresse.
Usei dois dentes de alho para fazer este molho.
Minha batata da perna está doendo hoje.
Cuidado para não bater o dedinho no pé da cama.
O açúcar grudou no céu da minha boca.
PERÍFRASE
Perífrase ocorre quando utilizamos uma quantidade maior de palavras para exprimir o que poderia
ser dito com menos palavras. É um jeito mais rebuscado de se falar algo.
Geralmente, é formada por uma expressão que demonstra características ou qualidades referentes
a uma só palavra.
A cidade luz é realmente encantadora. (Paris)
A terra da garoa é famosa por suas pizzarias. (São Paulo)
Tenho medo de fazer um safari e encontrar o rei da floresta . (leão)

É preciso destacar duas coisas importantes: o interlocutor deve ter conhecimento do
significado da expressão utilizada para substituir a palavra. Além disso, há uma diferença
entre perífrase e antonomásia: esta é usada para fazer referência a nomes próprios.
SINESTESIA
Sinestesia é uma figura de linguagem ligada às sensações, ou seja, que ocorre quando há uma
combinação de várias impressões sensoriais (gustativas, visuais, auditivas, olfativas e táteis) entre
si ou entre tais sensações e sentimentos.
Era possível sentir o cheiro gostoso da liberdade.
(cheiro=olfativo; gostoso= gustativo)
Aquela voz macia só poderia ser a da minha mãe.
(voz= auditivo; macia=tátil)
Deixei-me envolver pelas cores quentes da nova coleção de roupas.
(aqui a sensação de envolvimento se mistura com as impressões sensoriais)
FIGURAS DE SINTAXE
Nas figuras de sintaxe ou figuras de construção, as palavras sofrem mudanças na ordem sintática
comum dentro da oração para provocar determinados sentidos ou tornar belo o discurso.
HIPÉRBATO
O Hipérbato ocorre quando há inversão da ordem normal dos membros de uma frase.
Ex: Esquisito, de longe vi aquele homem caminhando a ermo.

Na ordem normal seria:
Ex:Vi aquele homem esquisito caminhando a ermo.

Atenção!!! Há, também, a anástrofe e a sínquise como figuras de inversão. Na anástrofe, a inversão
é mais branda; na sínquese, é tão forte que torna o sentido da frase absolutamente confuso.
PLEONASMO
O Pleonasmo ocorre quando h&aacute; repeti&ccedil;&atilde;o de significa&ccedil;&atilde;o de palavra ou de termos oracionais. Pode<br />
ser tanto uma figura (pleonasmo po&eacute;tico) como um v&iacute;cio de linguagem (pleonasmo vicioso), o qual<br />
adiciona uma informa&ccedil;&atilde;o desnecess&aacute;ria ao contexto, seja de maneira intencional ou n&atilde;o.<br />
Ex:<br />
&quot;&Eacute; uma dor que d&oacute;i no peito. Pode rir agora que estou sozinho...&quot;<br />
(Legi&atilde;o Urbana)<br />
&ldquo;Chovia uma triste chuva de resigna&ccedil;&atilde;o.&rdquo; (Manuel Bandeira)<br />
&ldquo;Me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortel&atilde;&rdquo;.<br />
(Chico Buarque)<br />
<br />
Aten&ccedil;&atilde;o!!! O pleonasmo vicioso &eacute; aquele que ocorre quando h&aacute; repeti&ccedil;&atilde;o in&uacute;til e desnecess&aacute;ria de algum<br />
termo ou ideia. Isso porque, nesses casos, n&atilde;o se trata de figura de linguagem, mas de v&iacute;cio de<br />
linguagem.
ANACOLUTO
O Anacoluto ocorre quando há ruptura da estrutura lógica da frase, deixando um termo sem
função sintática.
Geralmente, esse termo sem função aparece no início da frase, como um tópico, marcando a
ruptura brusca de sentido. É mais frequente na linguagem oral que na escrita.

Aquele encontro, tudo não foi mais que um sonho.
Safari africano, hoje faremos um safari na África.
Ele, toda hora que sai, ela vai atrás.
Esse pagode que está tocando, você que não gosta de pagode deveria sair.
ELIPSE
A Elipse é a omissão de um termo ou de uma expressão que não foram utilizados anteriormente.
Porém, esses termos são facilmente identificáveis pelo interlocutor.
Cantaste bem ontem.
Ex:
(Tu= termo elíptico. Tu cantaste bem ontem.)
Em campo, apenas dois ou três jogadores; no vestiário, um.
(Havia = termo elíptico. No vestiário, havia um.)
Desejo tão rápido se recupere.
(Que = termo elíptico. Desejo que tão rápido se recupere.)
ZEUGMA
Geralmente, as provas tratam o zeugma como elipse, pela similitude entre ambas.
A diferença entre elas é que, enquanto na elipse há omissão de um termo sem referência no texto,
no zeugma ocorre a omissão de um termo já apresentado no texto.
Ex:
Tu cantaste bem ontem; eu, mal.
(Tu cantaste bem ontem; eu cantei mal.)
Em campo, havia apenas dois ou três jogadores; no vestiário, um.
(Em campo, havia apenas dois ou três jogadores; no vestiário, havia um.)
ASSÍNDETO
Assíndeto é a ausência da conjunção coordenativa que une orações coordenadas.
Ex: Quero comprar roupas para sair, maquiagem para arrasar.
POLISSÍNDETO
Ao contrário do assíndeto, no polissíndeto ocorre a repetição da partícula coordenativa, que liga
termos ou orações coordenadas.
Ex: Ele era romântico, e bonito, e inocente, e sincero.
ANÁFORA
A Anáfora ocorre quando há repetição de palavra ou expressão no início de cada frase ou de cada
verso.
Ex:
“É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol” (Tom Jobim)
“Quando não tinha nada, eu quis / Quando tudo era ausência, esperei / Quando
tive frio, tremi / Quando tive coragem, liguei...” (Chico César)

Atenção!!! Não confunda anáfora, figura de linguagem, com função anafórica, processo sintático
por meio do qual um termo se refere a uma informação já relatada. Tal termo é
conhecido como termo ou elemento anafórico e não corresponde a uma figura de
linguagem.
FIGURAS DE PENSAMENTO
As Figuras de Pensamento são recursos estilísticos utilizados para a expressão mais incisiva,
provocando forte impressão. Aqui, exploram-se mais as ideias do que as palavras em si ou a
disposição das palavras na frase. Veremos, a seguir, apenas os mais importantes.
ANTÍTESE
Antítese é o contraste entre duas palavras antônimas, causando uma relação de oposição.
Há horas em que te odeio; em outras horas te amo.
A dor e a alegria de ser o que é.
HIPÉRBOLE
Hipérbole se refere a uma ideia que denota exagero.
Ex:
Já mandei você estudar Gramática mais de um milhão de vezes.
Se você não me der bola, eu morro.
EUFEMISMO
Eufemismo concerne à amenização de uma ideia negativa.
Finalmente, ele foi morar ao lado do Pai. (faleceu)
PROSOPOPEIA
Prosopopeia é a imputação de características humanas a seres não humanos.
Ex: A bola entrou no gol com vontade.
Ele veio voando quando o chefe ligou.
FONÉTICA
A fonética é o estudo da formação, evolução e classificação dos sons efetivos (reais) da fala,
considerando suas variedades. A fonética preocupa-se com os sons da fala em sua realização
concreta, ou seja, com os fonemas.
A fonologia, por sua vez, dedica-se ao estudo dos fonemas em suas variantes posicionais,
combinações e condições prosódicas.
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
Os fonemas, são as menores unidades sonoras da nossa fala e se classificam em: vogais,
semivogais e consoantes.
CLASSIFICAÇÃO DAS VOGAIS
- Quanto ao timbre: Abertas, fechadas e reduzidas

Exemplos:
a) Abertas: lá, pé, dó
b) Fechadas: lê, avô
c) Reduzidas: vela(a), cale (e), cedo(o).

Nas vogais reduzidas, a vogal se encontra na sílaba átona, razão pela qual possuem pronúncia
fraca.

- Quanto ao uso das cavidades bucal e nasal: Orais e nasais
As vogais orais são aquelas formadas pelo ar que vem dos pulmões e sai totalmente pela boca. São
elas: a, e, i, o, u.
Exemplos:
foca (o), bala (a), morta (o), cachorro (a)

Nas vogais nasais, por seu turno, o ar passa pelo nariz, gerando um som anasalado.
Exemplos:
clã (ã), gente (e, e) , campo (a), colchões(o), conde(o), ontem (o, e), unha (a),
mamãe (a, a), convite (o).

- Quanto à intensidade: Átonas e Tônicas
A vogal tônica é bem pronunciada.
Exemplo: mala - a 1ª vogal é bem pronunciada; a 2ª é fraca, ligeiramente pronunciada, ou seja,
enquanto a 1ª é vogal tônica, a 2ª é átona.
A vogal tônica é pronunciada com mais intensidade que as demais vogais e se encontra na sílaba
tônica da palavra.
Exemplos:
a) Vogais tônicas:
b) foca (o), bala (a), morta (o), cobra (o)
c) Vogais átonas:
foca (a), bala (a), morta (a), cobra (a)
ENCONTROS VOCÁLICOS
Os encontros vocálicos são a sucessão de vogais e semivogais em uma palavra – Paraguai,
averiguar, coisa, leio, etc. Podem ser classificadas como: ditongo, tritongo e hiato.
DITONGOS
Ditongo é o encontro de uma vogal e uma semivogal ou vice-versa, desde que na mesma sílaba.
Semivogal é uma vogal com som fraco.
Nos ditongos crescentes, a semivogal surge antes da vogal.
Exemplos:
lon-gín-qua (o 'u' é uma semivogal e o 'a é uma vogal).
gló-ria (o 'i' é uma semivogal e o 'a' é uma vogal).
vá-cuo (o 'u é uma semivogal e o 'o' é uma vogal).

Nos ditongos decrescentes, a vogal surge em 1º lugar.
Exemplos:
cai-xa (o 'a' é uma vogal e o 'i' é uma semivogal).
coi-sas (o 'o' é uma vogal e o 'i' é uma semivogal).
lei-o (o 'e' é uma vogal e o 'i' é uma semivogal).
cai (o 'a' é uma vogal e o 'i' é uma semivogal).

Atenção!!!
Jamais confunda fonema (som) com letra. Há uma diversidade de ditongos que, à
primeira vista, não são ditongos. Apenas pronunciando a palavra saberemos quando a
consoante faz o papel de semivogal, formando, assim, um ditongo.

Exemplos:
dançam (am tem som de “aom”)
escrevem (em tem som de “eim”)
nem (em tem som de “eim”)

Atenção!!! A semivogal (ou vogal assilábica) é chamada de SUBJUNTIVA (quando surge depois da
vogal) e de PREPOSITIVA (quando surge antes da vogal)

Exemplos:
cai-xa (o 'i' é uma semivogal subjuntiva).
coi-sas (o 'i' é uma semivogal subjuntiva).
lei-o (o 'i' é uma semivogal subjuntiva).
cai (o 'i' é uma semivogal subjuntiva).
lon-gín-qua (o 'u' é uma semivogal prepositiva).
gló-ria (o 'i' é uma semivogal prepositiva).
vá-cuo (o 'u é uma semivogal prepositiva).
TRITONGOS
Tritongo é a combinação de uma vogal e duas semivogais, desde que na mesma sílaba.
Exemplos:
U-ru-guai (uai).
sa-guão (uao)
i-guais (uai)
HIATO
O hiato ocorre quando há o encontro de duas vogais, desde que não pronunciadas na mesma
emissão sonora.
Exemplos:
a-or-ta
cons-ti-tu-i-ção (observe que aqui há hiato “u-i” e ditongo “ão”)
ál-co-ol
CONSOANTES
Consoantes são sons formados na laringe, caracterizados pela maior proximidade das partes
móveis da boca. Por não poder formar uma sílaba sozinha, a consoante necessariamente se agrega
a uma vogal.
O encontro consonantal ocorre quando há uma sequência de duas ou três consoantes em uma
palavra.
Exemplos:
Cra-te-ús
fran-cês
dig-no

Atenção!! Quando há duas consoantes na mesma sílaba, ocorre o encontro consonantal
PERFEITO. Caso as consoantes surjam em sílabas diferentes, ocorre o encontro
consonantal IMPERFEITO.

Exemplos:
Cra-te-ús (encontro consonantal perfeito)
fran-cês (encontro consonantal perfeito)
dig-no (encontro consonantal imperfeito)

O encontro consonantal é sempre tratado como fonema. Por isso uma letra pode
apresentar mais de um fonema.
Exemplos:
tá-xi (“x” tem dois fonemas: “cs”)
fi-xo (“x” tem dois fonemas: “cs”)

DÍGRAFOS

Os dígrafos são formados por agrupamento de consoantes representando um único som. Neste
caso, portanto, são duas consoantes que representam um único som.
São dígrafos:

ch, lh, nh = ca-chor-ro, o-lhar, ni-nho
sc, sç, xc = nas-ci-tu-ro, des-ça, ex-ce-ção
rr, ss = car-ro, as-sa-do
gu, qu = gue-par-do, a-qui-si-ção

Importante destacar a existência dos DÍGRAFOS VOCÁLICOS, ou seja, aqueles formados
por “am, an, em, en, im, in, om, on, um, um.”
Exemplos: tam-bém, men-ti-ra, lím-pi-do, lon-go, bum-ba.
CONTAGEM DE LETRAS E FONEMAS EM UMA PALAVRA
Por ser um assunto muito abordado em concursos públicos, convém dispensar atenção especial. Já
falamos na aula de hoje sobre a importância de não confundirmos letras com fonemas. Para isso,
lembre-se de considerar os dígrafos e os encontros consonantais na hora de contar as letras e
fonemas de um vocábulo.
Exemplos:
bo-ne-ca (6 letras e 6 fonemas)
cam-pa-í-nha (9 letras e 7 fonemas, pois ‘am’ tem som de ‘ã’ e há o dígrafo ‘nh’)
lé-xi-co (6 letras e 7 foneas, pois ‘x’ tem som de ‘cs’)
cons-ti-tu-i-ção (12 letras e 11 fonemas, pois há p dígrafo vocálico ‘on’)
cri-an-ça (7 letras e 6 fonemas, pois ‘an’ é dígrafo vocálico)
SÍLABAS
Sílabas são os fonemas ou conjunto de fonemas produzidos na mesma emissão de voz de uma
palavra.

- QUANTO À SONORIDADE
Quanto à sonoridade, podem ser classificadas em:

Sílaba simples = Há apenas uma vogal na palavra. mal, sol, por
Sílaba composta = Há mais de uma vogal na palavra. mau, coi-ce, crei-o
Sílaba complexa = Há mais de uma consoante na palavra. cri-a-dor, pre-go
Sílaba incomplexa = Há apenas uma consoante na palavra. ti, cá, te
Sílaba aberta = Termina com vogal na palavra. cas-to, an-do
Sílaba fechada = Termina com consoante na palavra. pas-tor, na-da-dor

- QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS
Monossílabos = Vocábulos com única sílaba. lá, vem, o, sol
Dissílabos = Vocábulos com duas sílabas. ca-lo, ma-lho, pu-lo
Trissílabos = Vocábulos com três sílabas. pa-te-ta, bor-ra-cha
Polissílabos = Vocábulos com quatro ou mais sílabas. nu-me-ra-do, po-lis-sínde-
to
DIVISÃO SILÁBICA
REGRA GERAL:
Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal.
REGRAS PRÁTICAS:

1) Ditongos e tritongos pertencem a uma única sílaba.
Exemplos: au-tó-dro-mo, ou-vi-ram, ga-li-nhei-ro, sal-dar, des-mai-a-do, Pa-raguai,
etc.

2) Grupos formados por ditongo decrescente + vogal (aia, eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, aio,
eio, oio, uio, uiu) são separados.
Exemplos: vai-a, al-ca-tei-a, joi-a, es-tei-o, tui-ui-ú, etc.
Obs.: Não confunda com tritongo: tritongo é o encontro de uma semivogal com uma vogal e
outra semivogal (SV+V+SV).

3) Os hiatos são separados em duas sílabas.
Exemplos: hi-a-to, sa-ú-de, dis-tra-í-do, du-e-to, a-mên-do-a, etc.

4) Os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu pertencem a uma única sílaba.
Exemplos: cha-vei-ro, chu-va, mo-lho, es-tra-nho, gue-ra, a-que-le, fi-cha, etc.

5) As letras que formam os dígrafos rr, ss, sc, sç, xs, e xc devem ser separadas.
Exemplos: car-ro, as-sa-do, des-ci-da, des-ço, ex-su-dar, ex-ce-ção, des-cer, exces-
so, etc.

6) Os encontros consonantais nas sílabas internas devem ser separados, exceto quando a
segunda consoante for “l” ou “r”.
Exemplos: Ex.: ab-du-zir, sub-so-lo, ap-ti-dão, dig-ni-da-de, con-vic-to, es-tá-tua,
etc.
Exceção: ab-rup-to.

7) Não são separáveis os grupos consonantais que iniciam palavras.
Exemplos: pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co, gnós-ti-co, etc.

8) Separam-se as vogais idênticas “aa, ee, ii, oo, uu” e os grupos consonantais “cc, cç”.
Exemplos: ca-a-tin-ga, re-pre-en-do, xi-i-ta, vo-o, in-te-lec-ção, etc.

9) Os prefixos, radicais e sufixos (in, a, des, intra, pré, supra, semi, etc.) não são
considerados na divisão silábica. Incorporados à palavra, esses elementos mórficos
passam a fazer parte da nova palavra, obedecendo às regras gerais.
Exemplos: de-sa-ten-to, pre-pa-ra-do, tran-sa-tlân-ti-co, su-ben-ten-di-do.

10) Uma sílaba jamais terminará em consoante se a seguinte iniciar por vogal. A consoante
sempre se ligará à vogal seguinte.
Exemplos: su-ben-ten-di-do, su-per-mer-ca-do, sub-lin-gual, su-pe-ra-mi-go.
Questão 01
CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário de Procuradoria (PGE PE)/2019
Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram
simultaneamente. Quando isso ocorre, sobrevêm verdadeiras descontinuidades que marcam
época, pedras miliares no caminho da humanidade. A invenção das técnicas para controlar
o fogo, o início da agricultura e do pastoreio na Mesopotâmia, a organização da democracia
na Grécia, as grandes descobertas científicas e geográficas entre os sé***** XII e XVI, o
advento da sociedade industrial no sé**** XIX, tudo isso representa saltos de época, que
desorientaram gerações inteiras.
Se observarmos bem, essas ondas longas da história, como as chamava Braudel, tornaramse
cada vez mais curtas. Acabamos de nos recuperar da ultrapassagem da agricultura pela
indústria, ocorrida no sé**** XX, e, em menos de um sé****, um novo salto de época nos
tomou de surpresa, lançando-nos na confusão. Dessa vez o salto coincidiu com a rápida
passagem de uma sociedade de tipo industrial dominada pelos proprietários das fábricas
manufatureiras para uma sociedade de tipo pós-industrial dominada pelos proprietários dos
meios de informação.
O fórceps com o qual a recém-nascida sociedade pós-industrial foi extraída do ventre da
sociedade industrial anterior é representado pelo progresso científico e tecnológico, pela
globalização, pelas guerras mundiais, pelas revoluções proletárias, pelo ensino universal e
pelos meios de comunicação de massa. Agindo simultaneamente, esses fenômenos
produziram uma avalanche ciclópica — talvez a mais irresistível de toda a história humana
— na qual nós, contemporâneos, temos o privilégio e a desventura de estar envolvidos em
primeira pessoa.
Ninguém poderia ficar impassível diante de uma mudança dessa envergadura. Por isso a
sensação mais difundida é a desorientação.
A nossa desorientação afeta as esferas econômica, familiar, política, sexual, cultural... É
um sintoma de crescimento, mas é também um indício de um perigo, porque quem está
desorientado sente-se em crise, e quem se sente em crise deixa de projetar o próprio
futuro. Se deixarmos de projetar nosso futuro, alguém o projetará para nós, não em função
de nossos interesses, mas do seu próprio proveito.
Domenico de Masi. Alfabeto da sociedade desorientada: para entender o nosso tempo.
Trad. Silvana Cobucci e Federico Carotti. São Paulo: Objetiva, 2017, p. 93-4 (com
adaptações).

A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item que se segue.
O texto caracteriza-se como dissertativo-argumentativo, devido, entre outros aspectos, à
presença de evidências e fatos históricos utilizados para validar a argumentação do autor.
Certo ou Errado?
Comentário:
Relembrando: um texto dissertativo-argumentativo tem como característica uma
argumentação em defesa de uma tese. O autor escreve o texto com a intenção de
convencer o leitor de seu ponto de vista.
No texto em questão, vemos que o autor defende que, quando a humanidade passa por
mudanças no trabalho, na riqueza, no poder e no saber, acontece uma mudança de época.
Ele usa acontecimentos históricos, como o descobrimento do fogo, a passagem da
agricultura para a indústria e o período pós-industrial, para confirmar o seu ponto de vista.
Sendo assim, o que é afirmado no comando da questão está correto.
Gabarito: CERTO
Questão 02
CEBRASPE (CESPE) - Assistente de Procuradoria (PGE PE)/2019
A modernidade é um contrato. Todos nós aderimos a ele no dia em que nascemos, e ele
regula nossa vida até o dia em que morremos. Pouquíssimos entre nós são capazes de
rescindi-lo ou transcendê-lo. Esse contrato configura nossa comida, nossos empregos e
nossos sonhos; ele decide onde moramos, quem amamos e como morremos.
À primeira vista, a modernidade parece ser um contrato extremamente complicado, por
isso poucos tentam compreender no que exatamente se inscreveram. É como se você
tivesse baixado algum software e ele te solicitasse assinar um contrato com dezenas de
páginas em “juridiquês”; você dá uma olhada nele, passa imediatamente para a última
página, tica em “concordo” e esquece o assunto. Mas a modernidade, de fato, é um
contrato surpreendentemente simples. O contrato interno pode ser resumido em uma única
frase: humanos concordam em abrir mão de significado em troca de poder.
Yuval Noah Harari. Homo Deus: uma breve história do amanhã. São Paulo: Companhia das
Letras, 2016 (com adaptações).
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o
item a seguir.
O texto apresenta estratégia argumentativa que visa aproximar o leitor das ideias
desenvolvidas pelo autor.
Certo ou Errado?
Comentário:
A estratégia argumentativa que verificamos é a forma como o autor se refere ao leitor,
integrando-o ao que diz, como no trecho: “Pouquíssimos entre nós são capazes de rescindilo
ou transcendê-lo” e “É como se você tivesse baixado algum software e ele te solicitasse
assinar um contrato com dezenas de páginas em “juridiquês”; você dá uma olhada nele...”
Gabarito: CERTO
Questão 03

CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal (Pref. Boa Vista)/2019

Julgue o seguinte item, considerando os aspectos textuais e gramaticais do cartaz

precedente veiculado pelo Ministério Público Federal, no âmbito do projeto Amazônia

Protege.

No texto, observam-se trechos expositivo e injuntivo.

Certo ou Errado?

++Comentário:

Um texto expositivo tem como característica a apresentação de informações a respeito de

determinado fato ou objeto para que o leitor entenda melhor sobre o assunto abordado ou

passe a conhecê-lo. Já um texto injuntivo apresenta instruções de como determinada

situação ou determinado objeto funciona, pode aparecer também com linguagem

imperativa, ditando ordens ou dando avisos.

Vemos os dois tipos textuais no cartaz em comento. Na primeira parte do cartaz,

percebemos uma linguagem mais informativa, trata-se de texto expositivo. Já no emprego

de verbos no imperativo, como “acesse”, “conheça” e “consulte”, identificamos o texto

injuntivo.

Gabarito: CERTO

Questão 04
CEBRASPE (CESPE) - Assistente de Procuradoria (PGE PE)/2019
Passávamos férias na fazenda da Jureia, que ficava na região de lindas propriedades cafeeiras.
Íamos de automóvel até Barra do Piraí, onde pegávamos um carro de boi. Lembro-me do
aboio do condutor, a pé, ao lado dos animais, com uma vara: “Xô, Marinheiro! Vâmu,
Teimoso!”. Tenho ótimas recordações de lá e uma foto da qual gosto muito, da minha
infância, às gargalhadas, vestindo um macacão que minha própria mãe costurava, com
bastante capricho. Ela fazia um para cada dia da semana, assim, eu podia me esbaldar e me
sujar à vontade, porque sempre teria um macacão limpo para usar no dia seguinte.
Jô Soares. O livro de Jô: uma autobiografia desautorizada. São Paulo:
Companhia das Letras, 2017.
Com relação aos aspectos linguísticos desse texto, julgue o item a seguir.
O texto é essencialmente descritivo, pois detalha lembranças acerca das viagens de férias que
a personagem e sua família faziam com frequência durante a sua infância.
Certo
Errado
Comentário:
O texto descritivo é aquele em que se percebe essencialmente a descrição pormenorizada de
determinado objeto, situação ou espaço. Não vemos isso no texto em questão, o que
percebemos é um personagem contando uma história sobre sua infância na fazenda durante
as férias, ou seja, temos nesse texto as principais características de um texto narrativo:
narrador-personagem, enredo, espaço e tempo.
Gabarito: ERRADO
Questão 05
CEBRASPE (CESPE) - Auxiliar em Administração (IFF)/2018
Texto
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
(...)
Chico Buarque Internet: <https://www letras mus br>
No texto, que é parte da letra de uma música, os três últimos versos apresentam uma

a) comparação.
b) antítese.
c) ironia.
d) eufemismo.
e) aliteração.
Comentário:
O trecho a ser analisado é
“Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais”
Nele a figura de linguagem que podemos observar é a comparação, que é notada,
principalmente pelo emprego do vocábulo “como”. Portanto, a opção A é o gabarito dessa
questão.

Nas demais alternativas, para relembrarmos:
B – antítese – ocorre quando se tem o emprego de vocábulos com sentidos opostos, como
água/ fogo e amor /ódio.

C – ironia – pode ser percebida quando o locutor diz algo com sentido contrário ao que
realmente quis expressar.

D – eufemismo – ocorre quando o locutor diz algo que poderia ser chocante para o receptor
da mensagem, mas de maneira mais leve.

E - aliteração – trata-se de um recurso estilístico caracterizado pela repetição de fonemas
no início de várias palavras ou de vários versos, como vemos em: "O rato roeu a roupa
do rei de Roma".

Gabarito: A
Questão 06
CEBRASPE (CESPE) - Assistente de Procuradoria (PGE PE)/2019
Passávamos férias na fazenda da Jureia, que ficava na região de lindas propriedades cafeeiras.
Íamos de automóvel até Barra do Piraí, onde pegávamos um carro de boi. Lembro-me do
aboio do condutor, a pé, ao lado dos animais, com uma vara: “Xô, Marinheiro! Vâmu,
Teimoso!”. Tenho ótimas recordações de lá e uma foto da qual gosto muito, da minha
infância, às gargalhadas, vestindo um macacão que minha própria mãe costurava, com
bastante capricho. Ela fazia um para cada dia da semana, assim, eu podia me esbaldar e me
sujar à vontade, porque sempre teria um macacão limpo para usar no dia seguinte.
Jô Soares. O livro de Jô: uma autobiografia desautorizada. São Paulo:
Companhia das Letras, 2017.
Com relação aos aspectos linguísticos desse texto, julgue o item a seguir.
As formas ‘Xô’ e ‘Vâmu’, na linha 5, são marcas de oralidade e reproduzem a informalidade
da fala do condutor do carro de boi.
Certo
Errado
Comentário:
Em um texto com registro predominantemente formal, esse pequeno trecho: “’Xô,
Marinheiro! Vâmu, Teimoso!’”, é marca de oralidade, demonstra, como dito no comando da
questão, a fala do condutor do carro de boi.
Gabarito: CERTO
Questão 07

CEBRASPE (CESPE) - Soldado Militar (PM MA)/Combatente/2018


A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue o item.

O autor do texto optou pela utilização de um nível de linguagem predominantemente

informal como estratégia para atrair o interesse dos leitores.

Certo ou Errado?

O texto é um convite ao público do Maranhão para a solenidade de lançamento de um

projeto contra as drogas. Não é possível perceber nesse convite nenhuma marca de

linguagem informal, o que notamos é um texto grafado na linguagem predominantemente

formal.

Gabarito: ERRADO

Questão 08
CEBRASPE (CESPE) - Professor de Educação Básica (SEDF)/Língua Portuguesa/2017
A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto
escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos
em geral (serviços de saúde, por exemplo).
Por isso, parece ser um grande equívoco a afirmação de que a variação linguística não deve
ser matéria de ensino na escola básica. Assim, a questão crucial para nós é saber como tratála
pedagogicamente, ou seja, como desenvolver uma pedagogia da variação linguística no
sistema escolar de uma sociedade que, infelizmente, ainda não reconheceu sua complexa
cara linguística e, como resultado da profunda divisão socioeconômica que caracterizou
historicamente sua formação (uma sociedade que foi, por trezentos anos, escravocrata),
ainda discrimina fortemente pela língua os grupos socioeconômicos que recebem as menores
parcelas da renda nacional.

A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses grupos
socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto de que cabe à
escola pública contribuir, pela oferta de educação de qualidade, para favorecer, mesmo que
indiretamente, uma melhor redistribuição da renda nacional.
Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua —
um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos
espaços públicos. Nessa perspectiva, esse domínio inclui o das variedades linguísticas
historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas, ou seja, o conjunto de
variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta.
Carlos Alberto Faraco e Ana Maria Stahl Zilles. Introdução. In: Carlos Alberto Faraco e Ana
Maria Stahl Zilles (orgs.).
Pedagogia da variação Linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola
Editorial, 2015. p. 8-9 (com adaptações).
Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo
item.
Presentes no último parágrafo do texto, os vocábulos “qualidade”, “perspectiva”, “essas”,
“conjunto” e “chamada” contêm grupos de duas letras que representam um só fonema,
constituindo o que se denomina dígrafo ou digrama.
Certo ou Errado?
Comentário:
A afirmação do enunciado está incorreta porque entre as palavras citadas, apenas “essas”,
“conjunto” e “chamada” possuem dígrafos, sendo eles ss, on, un e ch, que, como dito no
enunciado, representam um mesmo fonema, um mesmo som na pronúncia. Nas demais
palavras, o número de letras é igual ao número de fonemas, uma vez que todas as letras são
pronunciadas.
Indo um pouco mais fundo: os dígrafos ss e ch são chamados dígrafos consonantais. Já on e
um são dígrafos vocálicos.
Gabarito: ERRADO
Questão 09
CEBRASPE (CESPE) - Analista Bancário (BNB)/2018
O carrinho de compras do sítio eletrônico está lotado, e o preço total agrada. Animado,
você digita todas as informações referentes ao cartão de crédito e, sem entender, observa
a transação ser negada. Mais tarde, descobre que o banco tinha considerado suspeito
aquele seu procedimento virtual, uma vez que tinha características semelhantes às de uma
fraude. Decepcionante, não? E muito comum.
A fim de melhorar a experiência dos consumidores em compras pela Internet, cientistas do
Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos da América, desenvolveram
um sistema baseado em princípios de aprendizagem de máquina.

A aprendizagem de máquina para a detecção de fraude é baseada em equações
matemáticas e algoritmos e funciona em duas etapas. Na primeira, o sistema recebe
exemplificações de compras legítimas e ilegítimas. Em seguida, a máquina avalia compras
reais, levando em consideração os padrões observados. O sistema funciona mais ou menos
como nossos neurônios. A partir de números e fórmulas, une ponto a ponto informações
sobre características de transações já feitas pelo usuário — como valores médios gastos,
horários de compra, uso de celular, pontos usados, principais estabelecimentos —, até
chegar a uma probabilidade de fraude final. Com cada constatação, o programa consegue
melhorar os padrões aprendidos.
Segundo um arquiteto de software de uma empresa não participante do estudo, o modo
como a máquina aprende os padrões antes de começar a analisar compras interfere
diretamente no registro de falsos positivos e fraudes reais. “Se a prepararmos apenas para
detectar casos de não fraude, podemos aumentar os riscos de fraudes que passam. Sendo
assim, precisamos aumentar ao máximo o balanço de situações apresentadas à máquina
para não pesar um lado mais do que o outro”, detalha.
Correio Braziliense, 1.º/10/2018, p. 14 (com adaptações).
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto, julgue o item seguinte.
No primeiro parágrafo do texto, predomina o tipo textual narrativo.
Certo ou Errado?
Comentário:
Dificilmente um texto possui características de apenas um tipo textual. Aqui, por exemplo,
temos um texto predominantemente dissertativo-expositivo, mas em que, no início, o
autor se coloca na posição de narrador, para situar o leitor do assunto que irá tratar, e
conta uma pequena história. Esse primeiro parágrafo, portanto, pode ser identificado como
do tipo narrativo.
Gabarito: CERTO
Questão 10
CEBRASPE (CESPE) - Professor de Educação Básica (SEDF)/Língua Portuguesa/2017
A experimentação é característica dos processos de aquisição de conhecimentos. Ao adquirir
a escrita, a criança testa hipóteses já construídas acerca desse sistema. Pode-se pensar então
que, mesmo antes de entrar para a escola, o aprendiz, graças às práticas de letramento às
quais está exposto cotidianamente, já construiu suas hipóteses no que diz respeito à
segmentação da escrita. No entanto, ao testá-las, o que se lhe apresenta é a dúvida sobre o
lugar em que espaços devem ser inseridos na escrita. Para a resolução desse problema, é
necessário que o aprendiz cumpra a complexa tarefa de compreender o que é uma palavra.
Começam a surgir, exatamente nesse período, as segmentações não convencionais. Da falta
de espaço entre fronteiras vocabulares — hipossegmentação — surgem estruturas do tipo
“derepente”, “muitolonge”, “chicobento”; da inserção de um espaço indevido no interior da
palavra — hipersegmentação —, estruturas como “em controu”, “amanhe seu”, “chapeu
sinhô”.

Ana Paula Nobre da Cunha e Ana Ruth Moresco Miranda. A hipo e a hipersegmentação nos
dados de aquisição de escrita: a influência da prosódia. In: Alfa. 53 (1), 2009, p. 127-
148. Internet: <http://piwik.seer.fclar.unesp.br> (com adaptações).
Julgue o item subsecutivo, referente às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior.
No texto predomina a função referencial da linguagem.
Certo ou Errado?
Comentário:
A função referencial, também chamada de denotativa, tem como característica a transmissão
de informações de maneira objetiva e clara. É exatamente o que vemos no texto em análise.
Trata-se de uma série de informações a respeito do aprendizado infantil da escrita. O
enunciado da questão está correto, portanto.
Gabarito: CERTO